Drácula: Origin sem dúvida traz um acabamento bem mais cuidado. Embora uma ou outra quebra de gráfico aconteça aqui e ali, os cenários, de maneira geral, estão bem detalhados e imersivos. Além disso, agora o jogador verá mais do que apenas o cursor, já que os desenvolvedores optaram por uma mudança radical no estilo do jogo, que agora traz uma visão em terceira pessoa (o que acaba muitas vezes facilitando as coisas, diga-se de passagem).
A impressão que se têm do total, é que os desenvolvedores estavam realmente interessados em corrigir vários erros do passado para criar um jogo bem mais bonito e envolvente. São diversos cenários em vários países que trazem um nível artístico bastante acentuado. Além disso, pode-se perceber uma certa inclinação temática no visual das coisas, como, por exemplo, no vermelho vivo que se repete em vários cenários (em cortinas, rosas e até mesmo na barra de carregamento — o “loading” — do jogo).
Complementando o belo visual do jogo, estão algumas igualmente belas linhas clássicas de piano e violino que dão um tom perfeito à trama. Além disso, o fundo musical varia de acordo com a localidade visitada por Van Helsing, indo das já mencionadas linhas clássicas até a música altamente evocativa encontrada na viagem ao Egito.
Tudo à mão
Uma das coisas mais interessantes que se percebe ao joga Origin, é que o jogo corre sempre de maneira fluida, sem se prender a uma série de comandos complexos ou algo parecido. Pode-se, por exemplo, passar pelo jogo inteiro sem utilizar o teclado nenhuma vez, fazendo uso apenas de um inventário com um conjunto de rápidos e lógicos menus. Tem-se, por exemplo, todos os documentos, notas e até mesmo diálogos guardados para aqueles momentos de dúvida; quem jogou Sherlock Holmes (dos mesmos desenvolvedores) já deve estar habituado a esse estilo de jogabilidade.
Talvez o um dos poucos “poréns” do jogo seja a falta da possibilidade de um deslocamento acelerado; Van Helsing parece estar constantemente em um passeio no parque em vez de estar caçando uma das criaturas mais perigosas que jamais existiu. Entretanto, nos momentos em que há mudanças de cenário, é possível se esquivar do tempo ocioso com um duplo clique.
Origin representa uma evolução bastante evidente na série Drácula. Mesmo sendo o caçula de uma família de jogos de origem não muito nobre (posto que a Frogwares é um selo indepentende), fica bastante evidente o esforço dos desenvolvedores em criar algo com um nível de qualidade bem aceitável. É claro, provavelmente não será possível encontrar no jogo aquele tipo de movimento e textura que aparecem em alguns dos mais bem dotados jogos da atualidade, entretanto, isso acaba sendo muito bem compensado por um belo design e uma trama envolvente.
Enfim, para fãs de “point-and-click” Origin deve ser um prato cheio. Já os fãs dos jogos anteriores da série vão sentir sem dúvida um acentuado acréscimo de qualidade em Dracula: Origin.
Informações:
- Servidor: Easy-Share
- Tamanho: 800MB
- Formato: .Rar
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